23 agosto 2006

Indignação...

Aproveitando o embalo da indignação, compartilho com vocês o conteúdo de um e-mail que recebi e me deixou pasma. Acompanhem.
Observem abaixo a página de um livro de geografia adotado nos EUA e leiam as críticas aos brasileiros.



A HORRORIZANTE TRADUÇÃO DO TEXTO QUE ESTÁ AO LADO DO MAPA

Uma introdução à Geografia.

Em uma seção ao norte da América do Sul, uma extensão de terra com mais de 3.000 milhas quadradas.


3.5-5 - A PRIMEIRA RESERVA INTERNACIONAL DA FLORESTA AMAZÔNICA

Desde meados dos anos 80 a mais importante floresta do mundo passou a ser responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas. É chamada PRINFA (A PRIMEIRA RESERVA INTERNACIONAL DA FLORESTA AMAZÔNICA), e sua fundação se deu pelo fato de a Amazônia estar localizada na América do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo e cercada por países irresponsáveis, cruéis e autoritários. Fazia parte de oito países diferentes e estranhos, os quais, em sua maioria, são reinos da violência, do tráfego de drogas, da ignorância, e de um povo sem inteligência e primitivo. A criação da PRINFA foi apoiada por todas as nações do G-23 e foi realmente uma missão especial para nosso país (EUA) e um presente para o mundo todo visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãos de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos.

Texto à direita da borboleta:

Podemos considerar que esta área tem a maior biodiversidade do planeta, com uma grande quantidade de espécimes de todos os tipos de animais e vegetais. O valor desta área é incalculável, mas o planeta pode estar certo de que os Estados Unidos não permitirão que estes países Latino Americanos explorem e destruam esta verdadeira propriedade de toda a humanidade. PRINFA é como um parque internacional, com severas regras para exploração.

Para ficar indignado!

No dia 24/5/06 o jornal "Estadão” publicou sem destaque nenhum, em três minúsculas linhas, a denúncia gravíssima de uma brasileira residente nos EUA.
Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil amputado, sem o Amazonas e o Pantanal. Eles estão ensinando nas escolas, que estas áreas são internacionais, ou seja, em outras palavras, eles estão preparando a opinião pública deles, para dentro de alguns anos se apoderarem de nosso território com legitimidade. Nós somos brasileiros e, no mínimo, temos de nos indignar com esta afronta. Vamos passar esta mensagem para o maior número de pessoas que conhecermos, e para que eles saibam que, embora eles não noticiem o fato, nós, povo, estamos sabendo.

e-mail assinado por Celso Santos da Editora Abril S/A com o seguinte apelo, redigido pelo próprio:

Srs. já mandei para vários Senadores da República esta denúncia com o texto abaixo e a foto da página de um livro "didático" mostrando que somos menos do que ratos...
Divulguem e cobrem dos Ministros, Presidente, Senadores para que tomem alguma atitude.
Para ter acesso aos nossos senadores, acessem o site
www.senado.gov.br/web/senador/senanome.cfm e você terá acesso a todos eles. Mandei para mais de 15. Se todos agirmos desta forma eles talvez façam algo, pois seremos vários a fazer isso.
Vamos ficar de braços cruzados e boca calada? Ou vamos reagir?

Dos parlamentares, esperamos AÇÃO IMEDIATA.
Dos cidadãos, que REPASSEM esta notícia a todos os seus conhecidos!
Dos jornalistas, que DIVULGUEM este absurdo, para que a Nação se levante contra essa violência inominável!

Para quem desconhecia:

FHC entrega Base de Alcântara a Tio Sam - José Arbex Jr.

Imagine a seguinte situação: um sujeito quer alugar um quarto da sua casa, onde você mora e vive. Propõe, como pagamento pelo aluguel, uma ninharia, alguns trocados. Exige, em troca, que você se mantenha bem longe do quarto; que renuncie até mesmo ao direito de sequer perguntar para quê servem algumas misteriosas caixas lacradas que o sujeito já diz, de antemão, que pretende levar para o quarto; proíbe, além disso, que você use o dinheiro do aluguel como bem entenda, ou que, finalmente, alugue outros quartos para outros inquilinos sem autorização prévia do tal fulano. Você toparia?
Parece piada, mas estes são os termos do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que o governo Fernando Henrique Cardoso assinou com Washington, em maio de 2000, assegurando aos Estados Unidos o direito de usar a base espacial de Alcântara, no Maranhão, estrategicamente situada na entrada da Amazônia. A posição geográfica da base – situada a dois graus da linha do Equador - é perfeita para o lançamento de foguetes. O preço do “aluguel”: 34 milhões de dólares anuais, bem menos do que um mísero cafezinho para os padrões de gastos e investimentos da indústria aeroespacial dos Estados Unidos.

Despejo dos quilombolas

Ao criar o Centro de Lançamento de Alcântara, em 1980, o governo desapropriou por decreto uma área de 52 mil hectares, o que implicou desalojar e transferir cerca de 500 famílias, descendentes de quilombolas, para agrovilas no interior do Estado. Em 1990, Fernando Collor de Mello destinou outros 10 mil hectares para a base. Resultado: outras 200 famílias foram para as agrovilas. Essas “transferências” são de uma violência brutal, não só por terem mudado radicalmente a vida de comunidades inteiras – que viviam de pesca típica daquela região específica -, mas também pela destruição do patrimônio histórico e cultural preservado pelos quilombolas.
“O governo amontoou nas mesmas agrovilas grupos distintos de pessoas, não respeitando as diferenças culturais”, diz Dorinete Serejo Moraes, do MAB (Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara). João Pedro Stedile resume adequadamente o significado social de tudo isso: “Do jeito que está, a única solução econômica para essas famílias será suas filhas se tornarem prostitutas para atender aos soldados norte-americanos”.

Leia a matéria na íntegra, acessando o site:
Revista Pangea

4 comentários:

Milton T disse...

Vânia sempre imaginei uma barbaridade dessas, mas não assim tão escancarada...

Anônimo disse...

Olá,

Cheguei aqui via Luma, e o tema do post me interessa particularmente.

Já li esse texto algum tempo atrás. E, se serve pra diminuir sua indignação, é uma famosa lenda internética. Uma montagem. Há uma análise mais detalhada em http://www.e-farsas.com/corrente_amazonia.htm.

Sobre a base de Alcântara, a análise do Arbex é mesmo muito interessante.

Um abraço!

Flavia disse...

Eu até fiquei indgnada, mas depois que fui no link que o Juliano indicou dá mesmo para perceber que é uma fraude. Hoje em dia a gente não pode acreditar em tudo que recebe por mail, temos antes que investigar para ver se é mesmo verdade. Espero que vc retifique o post para não espalhar ainda mais uma mentira.

bjs

Flávio disse...

Eu já ia, mesmo, perguntar se vc tinha certeza de que não era mais uma lenda urbana. Tá certo que, atualmente, nem a Bolívia respeita mais o Brasil, mas assim tb já seria demais!...