24 maio 2010

Sono...

Desde muito cedo comecei a perceber e sentir que o tempo passa imensamente rápido e, muitas das vezes, por mais que eu queira fica difícil fazer tudo que gosto ou que tenho vontade, sobretudo passar por aqui ou manter a freqüência de minhas postagens, no entanto, cá estou...rs

Em uma de minhas leituras, encontrei este poema de T. S. Eliot, o qual compartilho com vocês:


Hóspedes apenas
de Deus na terra,
eis que somos.

Frágeis cerâmicas,
sombras inúteis
do que sonhamos.

O tempo nunca
se move e passa
como supomos.

Parte do tempo
enquanto vivos
só nós passamos.

Sem bem saber
nessa passagem
porque nos vamos.

Toda existência
é um ato único
de despedida.

Enquanto hóspedes
da ficção
chamada vida.

Não deixa o tempo
que adiemos
nossa partida

O que ganhamos
nos é tirado
pelo seu dono.

Não há recusa contra esse ato,
nem abandono.

Assim amamos,
assim vivemos:
o resto é sono.

Apesar da fugacidade, que sejamos, ao menos, marcantes!

Em especial, deixo um beijo à minha amiga Rahelma e à sua Alice, que já deve estar enooorme!...rs