Eu vou atravessar o rio a deslizar
Que me separa de você
O tempo atravessa em meu lugar
E deixo pra depois o que eu tinha que fazer
O destino aceito sem dizer sim ou dizer não
Sem entender
E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei
Mas com você eu fico sem saber onde estou
Nós dois que sequer nos parecemos
E não cabemos num mesmo espelho
Mas nos olhamos toda manhã
A ferrugem mesmo pouca
Corrói os trilhos
As ruas nos atravessam
Sem olhar pro lado
Estou em você
E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei
Mas com você eu fico sem saber onde estou
Eu vou atravessar o rio a deslizar
Que me separa de você
29 setembro 2006
Só tenho a dizer...
O rio - Ana Carolina
A todos um ótimo final de semana e votem conscientes!!!
27 setembro 2006
Poesia por companhia...
Hoje amanheci saudosa... uma saudade nem sei bem do quê!
Desconfio que preciso de atenção!!!...rs
Vou procurar seguir o conselho de Pessoa:
Desconfio que preciso de atenção!!!...rs
Vou procurar seguir o conselho de Pessoa:
Para momentos indefinidos assim, nada melhor que a poesia, que é sempre uma perfeita companhia...
Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...
O sol, o celestial girassol, esmorece...
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos...
As estrelas em seus halos
Brilham com brilhos sinistros...
Cornamusas e crotalos,
Cítolas, cítaras, sistros,
Soam suaves, sonolentos,
Sonolentos e suaves,
Em suaves,
Suaves, lentos lamentos
De acentos
Graves,
Suaves.
Flor! enquanto na messe estremece a quermesse
E o sol, o celestial girassol esmorece,
Deixemos estes sons tão serenos e amenos,
Fujamos, Flor! à flor destes floridos fenos...
Soam vesperais as Vésperas...
Uns com brilhos de alabastros,
Outros louros como nêsperas,
No céu pardo ardem os astros...
Como aqui se está bem! Além freme a quermesse...
– Não sentes um gemer dolente que esmorece?
São os amantes delirantes que em amenos
Beijos se beijam, Flor! à flor dos frescos fenos...
O sol, o celestial girassol, esmorece...
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos...
As estrelas em seus halos
Brilham com brilhos sinistros...
Cornamusas e crotalos,
Cítolas, cítaras, sistros,
Soam suaves, sonolentos,
Sonolentos e suaves,
Em suaves,
Suaves, lentos lamentos
De acentos
Graves,
Suaves.
Flor! enquanto na messe estremece a quermesse
E o sol, o celestial girassol esmorece,
Deixemos estes sons tão serenos e amenos,
Fujamos, Flor! à flor destes floridos fenos...
Soam vesperais as Vésperas...
Uns com brilhos de alabastros,
Outros louros como nêsperas,
No céu pardo ardem os astros...
Como aqui se está bem! Além freme a quermesse...
– Não sentes um gemer dolente que esmorece?
São os amantes delirantes que em amenos
Beijos se beijam, Flor! à flor dos frescos fenos...
(Excerto de "Um Sonho", Poema de Eugênio de Castro)
22 setembro 2006
Primavera...
Eis que chega a esperada sexta-feira e com ela a serenidade que ameniza uma semana turbulenta. Refletir sobre todos os documentos perdidos com a HD ainda incomoda, mas hoje não é dia de pensar sobre isso, ao contrário, é dia de agradecer, louvar a graciosidade da vida em cada detalhe, a dádiva de ter sempre as amigas ao redor, a sorte de um amor tranqüilo, que mesmo distante preenche o peito. De quebra, para fechar com chave de ouro o dia de hoje, nada melhor que reunir-se com as amigas e rir, desperdiçar horas jogando conversa fora, porque nem todo mundo é de ferro e merecemos certas besteirinhas para tornar mais leve a nossa vida.
E foi com esse espírito meio Sofia que amanheci hoje e espero passar alguns dias serena assim, pois a tranqüilidade sempre é agradável.
E foi com esse espírito meio Sofia que amanheci hoje e espero passar alguns dias serena assim, pois a tranqüilidade sempre é agradável.
Mulher com flor - Pablo Picasso
Efeito primavera - Vânia Sousa
Três senhoras varrendo ruas
em pleno dia que amanhece,
são mulheres a ocupar o tempo
para ver se delas, ele se esquece...
Nas avenidas, em seguidas ruas
paisagens cintilam em cores férteis,
flores e folhas abraçam o vento
brindando o tempo que não as fenecem...
A primavera marca o retorno
das cores vivas que
resplandecem...
Enquanto altivas, jovens em coro,
suspiram ao ver que
rejuvenescem.
A todos um ótimo final de semana com muita paz!!!
18 setembro 2006
Recomeçando...
De noite na cama - Marisa Monte
De noite na cama, eu fico pensando
Se você me ama ... E quando
Se você me ama, eu fico pensando
De noite na cama ... E quando
De dia eu faço graça
Pra não dar bandeira
Não deixo você ver
De dia tudo passa como brincadeira
Longe de você
Por onde você mora
Pára e se demora
Por hora não vou ter
Coragem de dizer
Mas há de haver a hora...
Se você for embora
Agora
De noite na cama, eu fico pensando
Se você me ama e quando
Se você me ama, eu fico pensando
De noite na cama e quando...
Mesmo estando no começo, que a semana seja breve!!!
15 setembro 2006
Alice Ruiz...
E quem não se inspira ao ler Alice Ruiz? Encantei-me ao ler sua coletânia de hai-kais: Desorientais. Apreciem e, por ventura, inspirem-se:
velha lua
ao ver-me a vê-la
vermelha
ao ver-me a vê-la
vermelha
Alice Ruiz
maravilha que nos leva
a outro país
Vânia Sousa
Estou melhorando, pero mi ordenador se quedo al carajo...jajaja
Rio para não chorar e passo aqui hoje para desejar-lhes um ótimo final de semana e solicitar votos de boa sorte para a semana de provas que se iniciará neste dia 18/09.
Besos y abrazos, hasta la vista!!!
12 setembro 2006
Dodói...
Estou doente!!!
Como se não bastasse o computador ainda não 100% restabelecido, agora a doente da vez sou eu. Febre, dor de garganta, dor de cabeça, tudo justo agora quando o sol resolveu sorrir novamente para nós e quando também não só os dias, mas as noites têm sido muito agradáveis. Nem tudo é perfeito, não é?
Para não deixar acumular mais dias ainda sem passar por aqui, venho hoje compartilhar com vocês uma linda poesia, ressaltando minha saudade, sintoma que também ajuda a debilitar um coração apaixonado...
CREPÚSCULO - David Mourão-Ferreira
É quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
quando a noite se destaca
da cortina;
quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
quando a força de vontade
ressuscita;
quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.
Ahhh... não poderia deixar de mandar um super parabéns para minha querida-grande-amiga Aline, muitas felicidades, saúde, paz, amor e, principalmente, dinheiro no bolso para curtir com amigas assim como eu...hehehe
Feliz cumpleaños con muchos besos y abrazos cariñosos!!!
Como se não bastasse o computador ainda não 100% restabelecido, agora a doente da vez sou eu. Febre, dor de garganta, dor de cabeça, tudo justo agora quando o sol resolveu sorrir novamente para nós e quando também não só os dias, mas as noites têm sido muito agradáveis. Nem tudo é perfeito, não é?
Para não deixar acumular mais dias ainda sem passar por aqui, venho hoje compartilhar com vocês uma linda poesia, ressaltando minha saudade, sintoma que também ajuda a debilitar um coração apaixonado...
CREPÚSCULO - David Mourão-Ferreira
É quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
quando a noite se destaca
da cortina;
quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
quando a força de vontade
ressuscita;
quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.
Ahhh... não poderia deixar de mandar um super parabéns para minha querida-grande-amiga Aline, muitas felicidades, saúde, paz, amor e, principalmente, dinheiro no bolso para curtir com amigas assim como eu...hehehe
Feliz cumpleaños con muchos besos y abrazos cariñosos!!!
01 setembro 2006
Para esquentar...
Gente, que frio é esse? Eu já estava toda feliz achando que não ia mais esfriar tanto assim, tô clamando por meu cobertor de orelha, espero que minhas súplicas sejam atendidas!!! Ficar longe não tem a menor graça!!!
Saudade embalada - Vânia Sousa
Abarco ao escuro do quarto,
veloz e grave soa a voz que me chama,
espreito o lugar onde vou me deitar,
me guio ao pressentir o arrepio,
ao toque suplico: me tome...
à carne imploro: me talhe...
Tensão ao pressentir proximidade,
concretizar tão esperado reencontro,
o prazer desfalecerá todo meu ser,
perpetrado e imerso em cheiros teus,
os sentidos aguçando minha vontade são
sensações que embalam minha saudade...
Súplicas atendidas: adivinhem quem chega hoje?!?!
Beijos a todos e um ótimo final de semana!!!
Saudade embalada - Vânia Sousa
Abarco ao escuro do quarto,
veloz e grave soa a voz que me chama,
espreito o lugar onde vou me deitar,
me guio ao pressentir o arrepio,
ao toque suplico: me tome...
à carne imploro: me talhe...
Tensão ao pressentir proximidade,
concretizar tão esperado reencontro,
o prazer desfalecerá todo meu ser,
perpetrado e imerso em cheiros teus,
os sentidos aguçando minha vontade são
sensações que embalam minha saudade...
Súplicas atendidas: adivinhem quem chega hoje?!?!
Beijos a todos e um ótimo final de semana!!!
Assinar:
Postagens (Atom)