14 setembro 2012
Explicação
06 novembro 2011
Novo olhar...
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
02 julho 2011
Impulso...
Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar. Mas é importante não parar.
Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso.
Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena.
Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios.
Continue andando e fazendo.
O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.
A cada momento intenso e apaixonado que você dedica ao seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele.
Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo. Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato momento!
Pode não ser muito, mas vai mantê-lo no jogo.
Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado.
Mas, seja lá o que for, continue. O importante é não parar!
Autor desconhecido.
Interessante observar como passa o tempo, como as coisas acontecem, mudam e tornam a acontecer. Hoje uma querida amiga se casa tornando minha vida ainda mais rodeada de casais de amigos queridos.
Parabéns e felicidades aos noivos, ainda que o show e o cerimonial completo estejam por vir...rs
03 fevereiro 2011
Não cabe...
25 janeiro 2011
Gostar...
30 novembro 2010
Linguagem...
05 agosto 2010
Justiça. Ela existe?
É difícil confiar nas pessoas, não é mesmo? Sobretudo porque o risco de nos decepcionarmos é muito maior do que a chance de considerarmos alguém como uma pessoa de confiança. Ainda mais quando outros valores norteiam essa relação. Mas onde fica o valor ético?
O Direito é fundamentado por inúmeros Princípios. Mas de que adianta um sem número de regras para pessoas que são tomadas pela ganância? Elas têm noção do constrangimento, do mal-estar, da decepção e da revolta que causam ao agirem movidas pela soberba ou acham que é uma atitude normal e rotineira?
Particularmente gosto muito da área jurídica, afinal de contas, no papel, tudo parece muito justo. Já na prática, infelizmente, o ideal fica longe de ser alcançado.
Há muitos meses estive esperando para escrever sobre a Ética, tendo em vista uma obra extremamente relevante que conheci através de minha iniciação acadêmica no mundo do Direito, talvez então, esta seja a hora adequada.
Refiro-me à obra "Ética Geral e Profissional", de José Renato Nalini, da qual compartilho apenas algumas breves considerações a respeito, mas que recomendo para ser livro de cabeceira de todas as pessoas, principalmente daquelas que estão extremamente subnutridas de valores éticos e morais:
Depois de milhares de anos de existência sobre a Terra, continua a criatura humana a defrontar-se com os mesmos problemas comportamentais que sempre a afligiram: o egoísmo, o desrespeito, a insensibilidade, o preconceito e a inadmissível prática da violência.
De pouco vale o conhecimento técnico sem o compromisso do crescimento ético. A cultura, divorciada da moral, pouco ou nada poderá fazer para tornar mais digno o gênero humano.
"Viver honestamente, não prejudicar a ninguém e dar a cada um o que é seu - fórmula clássica do patrimônio jurídico elaborada pelos romanos".
Para finalizar, como diz o autor, remetendo à Jung Mo Sung e Josué Cândido da Silva: "Nós nos humanizamos, quando humanizamos o mundo", e eu posso garantir que é essa a busca incessante que me norteia.
18 junho 2010
Para sempre, Saramago...
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites, manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até os ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste.
"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia".
Sobretudo hoje, portanto, que descanse em paz!!!
"Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória".
24 maio 2010
Sono...
Hóspedes apenas
Frágeis cerâmicas,
como supomos.
só nós passamos.
porque nos vamos.
chamada vida.
pelo seu dono.
o resto é sono.
24 março 2010
27 fevereiro 2010
13 fevereiro 2010
Substância...
Da vida só têm substância
a casca e o caroço.
No meio só tem amido,
embromações do carbono.
Porém todo o gosto reside
nessa carne intermediária,
sem valor alimentício,
sem realidade, sem nada.
É nela que os dentes encontram
o que os mantém afiados;
com ela é que a língua elabora
a doce palavra.
26 janeiro 2010
Colo...
Quero colo e quero coisas. Quero colo primeiro. Quero colo no fim. Colo pelo meio. O meio do colo no meio do colo. E preciso de te perguntar se sabes do pequeno monstro que estás prestes a criar?!... Se sabes o quão insuportável as vontades podem ser?!... Se sabes quantos maus hábitos vêm com os melhores vícios?!... Se sabes que a cada mimo teu me instigas à desmesura das fomes e dos quereres?! Perguntar-te se é isso que queres: juntar-te à tribo dos que não fogem diante dos caprichos que atacam a flor da pele... ser um fora-da-lei como eu, ser fora-da-lei comigo... E depois já não quero perguntar-te, já não quero saber se sabes!... Melhor que não saibas e não me respondas!... Que o teu colo seja só esse lugar ao alto, esse lugar onde te trepo "como quem chega ao cume do mundo", esse abismo ao topo para onde uma qualquer vertigem me puxa!... Sim, melhor assim! Para que te chegue como uma coisa pequena: simples e feliz. E então, sim: não te resisto...não me resisto... Dá-me colo e dá-me mais. Dá-me beijos e dá-me mortes. Dá-me pelo chão um tapete acima dos telhados de Bagdad. Quero colo e quero coisas. Quero o teu colo e quero coisas (todas as coisas!) contigo."
A Loira
23 dezembro 2009
28 novembro 2009
Mensagem...
Espero que gostem.
15 novembro 2009
Felix Bravo...
01 outubro 2009
Singular...
19 setembro 2009
Loucos de Pedra...
Achei neste site: http://gougon2.tripod.com/id65.html
Artistas usam pontos de ônibus da Avenida W3 Sul para expor poesias e emocionam quem passa
Marcelo Abreu
Da equipe do Correio
Fotos: Carlos Vieira/CB
No meio do caos, a palavra lapidada. E assim se fez a poesia. A poesia que emociona e faz sonhar. Que acalma. Conspira. Revela segredos. Inventa caminhos. Reinventa amores. Dilacera corações. Perdoa. E deixa uma gente tentando entender o sentido da vida. Aliás, a poesia devia existir para isso. Não, isso não é trecho de obra poética. Nem sarau repleto de intelectuais sisudos discutindo a metafísica transcendental do ser. É apenas a poesia — a boa e simples poesia — que invadiu a rua. Deixou de ser incompreensível. Saiu dos livros. Fugiu das bibliotecas empoeiradas. Ganhou pernas. Mostrou a cara. Provou que pode ser fácil. E chegou aonde jamais se imaginaria: às paradas de ônibus. Sim, a poesia em Brasília agora habita o lugar de chegada e partida dos coletivos lotados. E uma gente, fora e dentro dos ônibus, pára e se emociona. Todos os dias, no meio da pressa e da desordem. Só isso já seria poesia.
A idéia surgiu da cabeça de um dos artistas plásticos mais criativos e inquietos da cidade, Henrique Gougon, de 58 anos. A parte de frente dos prismas colocados em cada ponto (aqueles que originalmente deveriam servir para indicar o trajeto dos ônibus, mas que estão detonados pela pichação e vandalismo), ele preencheria com poesia.
Idéia concebida, plano em ação. Junto com os Loucos de Pedras, grupo de artistas da cidade que trabalha com arte musiva (feita com mosaicos), Gougon idealizou como faria em cada parada. Primeira missão: escolher os poetas que mais se identificassem com a cidade. Depois, a poesia de fácil leitura e compreensão. Aquela que qualquer pessoa pudesse ler e entender.
E assim se fez. Primeira parada: 705/706 Sul. Poeta: Nicolas Behr. Nos dois prismas — que os artistas plásticos chamam de totem — o primeiro trabalho, todo em pedras e pastilhas de vidro. O mosaico levou um mês para ficar pronto e foi produzido no espaço cultural da 508 Sul. Depois, levado até o ponto. E um serralheiro terminou de montar as placas.
Em cima da obra, a clara poesia: “Nem tudo que é torto é errado. Veja as pernas de Garrincha e as árvores do cerrado”. O lugar, que era feio e malcuidado, virou atração. Quem está dentro do ônibus, espicha a cabeça para olhar. Torce para o motorista demorar mais um pouquinho. Quem está fora, pára. Olha. Lê e se distrai.
Reginaldo Carlos da Silva, de 43 anos, vendedor de balas que está ali há 15, admite que a poesia encheu a parada de beleza. ‘‘O ponto ficou mais bonito. O povo pára pra ler, mesmo com pressa. Às vezes até copia’’, entrega.
Sonho e solidão.
A segunda parada a ser contemplada com a obra de arte dos Loucos de Pedra foi a da 711 Sul. Lá, o autor escolhido foi o poeta Cassiano Nunes, de 83 anos. Um dos mais consagrados escritores de Brasília. E um dos que mais retrataram a cidade que escolheu para morar faz mais de 40 anos.
Confeccionado na casa de Gougon, o totem é todo em granito, mármore, espelho, cerâmica, vidro quebrado de pára-brisa e pastilhas de vidro. Cada um dos artistas trouxe um pouco do material. E assim, juntos, produziram a poesia da 711 Sul.
O poeta Cassiano, que se recupera de problemas de saúde e mora duas ruas atrás do ponto de ônibus, há dois meses foi convidado para dar um passeio até a parada. No caminho, comentava com os artistas sobre o ponto de vandalismo em que se transformaram as paradas. Ao chegar à frente do prisma, foi tomado pela emoção. Não acreditou no que seus olhos viam. Lá estava sua poesia transformada em obra de arte. No meio de uma parada de ônibus, para todo mundo ver:
— ‘‘Moro numa canção — área quase sitiada entre o sonho e a solidão. Como posso queixar-me de solidão, se possuo a noite e a canção? A noite é tão vasta que me perco nela! Amor! Acenda a estrela da tua janela! A pedido do Correio, o poeta Cassiano voltou ao lugar onde foi homenageado. Andando a passos lentos, deixou a emoção falar mais que as palavras: ‘‘A poesia é uma forma de realização. De humanismo. É o que todos procuram: a valorização da vida e o respeito entre as pessoas’’. E, num dos momentos mais emocionantes da manhã de ontem, o escritor fez uma revelação, um misto de orgulho e sensação de dever cumprido: ‘‘Moro nessa mesma casa há 38 anos.
Depois da poesia no ponto de ônibus, todos os meus vizinhos agora sabem o que faço. Sabem que sou poeta’’. No meio do caos A diarista Maria José de Castro, de 42 anos, descobriu que aquele homem de andar comedido é poeta. Descobriu que poesia é fácil. Que pode ser lida e feita por qualquer um. Aprendeu a sentir o gosto que as palavras impregnam na memória. ‘‘Vou daqui até Ceilândia repetindo os versos que li na parada. Nem vejo a viagem passar’’. E planeja: ‘‘Tô até pensando em escrever também. Acho que posso fazer isso...’’ Enquanto esperava o ônibus que a levaria a Taguatinga, a estudante Simone de Jesus Fonseca Pires, de 18 anos, apaixonou-se pela poesia no meio do caos. ‘‘Muda a cara do lugar. Deixa menos feio. Dá vida.’’
O vendedor de balas da 711 Sul, Manoel Pereira Neto, paraibano de 25 anos, tem vivido dias agitados depois que a parada onde trabalha foi invadida pela poesia. ‘‘Quando tá muito sol, eu coloco minha cadeira lá, bem no meio dos dois prismas. Aí, o povo que passa de ônibus pede, da janela, pra eu sair do lugar. Eles querem ler a poesia. Falta quebrar o pescoço...’’ Na 707/708 Sul, foi finalizado o mais atual trabalho da equipe de Gougon. Lá, a poesia de Fernando Mendes Vianna provoca e atiça. ‘‘Dentro da pedra esperar. Respirar. Ruminar a pedra... E descobrir a palavra que abre a pedra’’. Ao ver as paradas repletas de poesia e sua obra de arte provocando a reação positiva das pessoas — ainda longe do vandalismo —, Henrique Gougon revela: ‘‘Nossa idéia é fazer a antologia poética de Brasília em cada ponto de ônibus da cidade’’. Depois, explica o verdadeiro sentido do seu trabalho: ‘‘As pessoas vão perceber que pode ser muito simples fazer poesia’’. Que venham os poetas e suas poesias, então!
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Postagem do dia 25/07/2008 - publicada no site http://bodegaonline.blogspot.com/
Foto: Herick Murad
Brasília vive um momento especial. Prepara-se para comemoração de seus 50 anos em 2010 e vive a expectativa de ser escolhida uma das sedes da Copa do Mundo em 2014. Para alguns analistas a escolha é dada como certa. Como toda grande cidade que se prepara para festividades desse nível, Brasília precisa em um curtíssimo tempo, oferecer melhores condições de infraestrutura aos moradores e visitantes que por aqui estarão. Essa caminhada requer uma população consciente do que está por vir. De olho nas ações a serem implementadas. E um poder público atuante, certo do papel de buscar as melhores alternativas para todos.
As ações incluem melhorias na segurança pública, disponibilização de mais leitos nos hotéis, atenção especial à conservação e manutenção dos monumentos e pontos turísticos da cidade, por exemplo. Afinal, a capital pertence ao seleto grupo de cidades Patrimônio da Humanidade. No entanto, nenhuma questão chama tanto atenção quanto a do transporte público.
Brasília se transformou em verdadeiro canteiro de obras. Reclames em cima de reclames publicados no horário nobre. Viadutos, duplicação de vias, ampliação do metrô, renovação da frota de ônibus coletivos e substituição das chamadas vans do transporte alternativo por microônibus. Ainda estão previstos 600 Km de ciclovias em todo Distrito Federal e a implantação do VLT e VLP. Veículos leves sobre trilhos e pneus, respectivamente. Incrementos vitais estão sendo feitos pelo governo local somados a esforços que vem desde o Palácio do Planalto até o Banco Mundial. Em meio a essa faxina, que mais do que bem intencionada cheira a reeleição, uma medida me chamou atenção.
Baseados no projeto Brasília Limpa do GDF, há pouco mais de dois meses, fiscais da Administração de Brasília derrubaram a marretadas alguns tótens poéticos instalados nas paradas de ônibus da avenida W3. Alegaram que as placas atrapalhavam o acesso aos ônibus. Mas desde quando esses funcionários entendem de acessibilidade, mobilidade ou qualquer coisa relacionada a transporte público? Não eram quaisquer pontos de embarque e desembarque de passageiros entregues a correria do dia a dia. Eram paradas poéticas. Ali existiam belos mosaicos com textos poéticos. Poesia cravada nas veias da cidade. Trabalho idealizado há quatro anos pelo artista plástico e líder do grupo de artistas e poetas Loucos de Pedra, Henrique Gougon (61).
É uma lástima e uma tremenda burrice medida tão impopular e despropositada. Temos grandes e graves problemas no transporte público que estão sendo resolvidos. Mas desde quando poesia atrapalha a vida? O ir e vir de quem precisa tomar um coletivo? Os mosaicos não descaracterizavam a cidade e suas áreas tombadas. Muito pelo contrário, com suas mensagens contribuíam sim, para organização de um ideal de paz. Além disso somavam-se a construção da identidade de Brasília. Cidade que por ser jovem, e mesmo dispor de um sem número de elementos que a identifique, ainda é carente de referenciais desse tipo. A mesma poesia concreta que recebe o descaso das autoridades locais, enfeita com dizeres de Paulo Freire os jardins do MEC na Esplanada.
A foto que ilustra este post é um manifesto do grupo Loucos de Pedra contra a demolição dos mosaicos instalados nas paradas 509/510 Sul da W3. Na ausência das placas poéticas publicaram seus mosaicos nas calçadas. Versos de P.J. Cunha que emocionam àqueles que ali enxergam adiante. Longe da miopia de certos burocratas e "bem intencionados" de plantão. Tentem acabar com os mosaicos da W3, mas demolir o chão e a poesia incrustada nos corações dos que por ali vivem e passam, realmente não dá. Há mais o que se fazer, de fato, por esta cidade.
21 julho 2009
Escrita...
Eu sei perfeitamente que são necessárias situações ridículas e loucas (...) não se pode escrever verdadeiramente bem sobre qualquer outro assunto. (...) É preciso estar ferido e perturbado, sem o que não se acham as expressões verdadeiramente boas, penetrantes, as frases de raios x.