22 dezembro 2006

Final de ano...


Venho aqui hoje e valho-me das palavras de uma escritora a qual aprecio muito. Desejo a todos que passaram por aqui, nesse ano, um lindo Natal, repleto de paz, amor, saúde e muitas felicidades, momentos mágicos com as pessoas amadas, carinho entre entes queridos, enfim, tudo de bom a todos que compartilharam comigo deste ano que está quase terminando. E que 2007 chegue leve e traga-nos deliciosas surpresas.


Efêmero - Letícia Thompson

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar foraas oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos.
Cuidamos pouco.
De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos.
Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos nos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença!
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos.
Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.
Pense!...
Não o perca mais!...

14 dezembro 2006

Aprendendo...

Saber-se insuficiente multiplica a dor quando há também a certeza da total entrega, quando se acreditou, compartilhou, confiou achando que poderia ser diferente, especial, pra sempre.
Entregar-se é bom, mas quando alguém está pronto para acolher-te verdadeiramente é melhor.
Perder-se pode ser muito bom, mas quando há alguém para encontrar-te é que vale a pena.
É por isso que, depois de alguma decepção a gente acha que os sinais não devem ser ignorados, mas não seria paranóico dar razão a qualquer sinal?
Talvez precisemos estar atentos à repetição das sensações, afinal o resultado de várias situações remete-nos a um instante mínimo de intuição. Medir as palavras, pisar em cascas de ovos, andar abraçado à cautela já não são apenas atitudes preventivas, mas também de preservação do eu, pois quem queimou a língua uma vez não esquece de soprar à sopa.
Amar é muito bom, mas você vai aprendendo que não existem dias, locais ou ocasiões e sim aquela pessoa que faz qualquer momento ser mágico, insubstituível, inesquecível. É quando o ontem, o agora e o amanhã tornam-se muito pouco para viver tamanho sentimento...